terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Terramoto ameaça novamente Grande Lisboa

Carlos Cancela Pinto



   “Existem três grandes falhas sísmicas que afectam a região da grande Lisboa e que são muito provavelmente activas: a Falha de Vila Franca de Xira, a Falha do Pinhal Novo e a Falha de Samora Correia – Alcochete”. Esta é a principal conclusão de um recente estudo realizado por Carlos Cancela Pinto, investigador da Unidade de Recursos Minerais e Geofísica do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG).   O geólogo revelou que “foi calculado o sismo máximo expectável para cada uma das falhas e chegou-se à conclusão que a primeira poderá gerar um sismo de magnitude 7.06, a segunda de 6.42 e a terceira 6.52”.A descoberta permitiu “identificar as falhas geológicas capazes de gerar sismos e destruição e perda de vidas na região da grande Lisboa”, afirma Carlos Cancela Pinto.
  Do ponto de vista económico, político e de ordenamento, o cientista considera necessária uma “maior atenção e compreensão destes eventos de forma a prevenir os efeitos de uma catástrofe natural” como é um sismo. “Recordemo-nos do sismo do Japão de 2010 que, apesar da magnitude 9.0, a destruição causada pelo sismo foi pequena devido a politicas consistentes de construção e protecção civil”, exemplifica.
Para além disso, do ponto de vista científico, “este trabalho poderá abrir portas para novos projectos científicos que corroborem (ou não) as falhas identificadas e que melhorem a compreensão da Bacia Terciária do Vale Inferior do Tejo”, acrescenta.
Para além disso, do ponto de vista científico, “este trabalho poderá abrir portas para novos projectos científicos que corroborem (ou não) as falhas identificadas e que melhorem a compreensão da Bacia Terciária do Vale Inferior do Tejo”, acrescenta.
  
As linhas a tracejado indicam as prováveis falhas

   Os próximos passos que Carlos Cancela Pinto pretende dar incluem a investigação com instrumentos de sísmica de alta resolução e abertura de trincheiras nas zonas das principais falhas, com o objectivo de confirmar se estas falhas tiveram actividade nos últimos 25 mil anos e estudá-las, determinando o período de recorrência e sismos máximos expectáveis.


  • Como já vimos nas aulas, Portugal tem um contexto geológico bastante interessante. Nesta publicação decidimos dar relevância a um outro assunto de grande importância. Achamos que esta noticia nos remete ao grande terramoto de 1755, e que o país deveria tomar esse caso como exemplo para que, caso esta investigação se confirme, não haja tanta destruição a nível cultural, económico e não só.

Fonte: www.cienciahoje.pt

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Nova carta geológica de Portugal

   Até há bem pouco tempo existia apenas uma carta geológica de Portugal, completamente desatualizada, elaborada em 1968, que continha apenas o continente e que foi realizada antes da divulgação da teoria das Placas Tectónicas e da evolução recente de conceitos científicos ligados à geologia, apresentando assim um grande défice de informação e precisão.
   Foi, então, pela primeira vez, em 2010, publicada uma carta geológica que descreve, à mesma escala, o substrato geológico (camada do solo imediatamente abaixo da camada visível; subsolo) do território continental, das ilhas e de parte da região imersa no oceano português, pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG)
   A carta construída à escala de 1/1 000 000, apresentada na feira “Portugal Tecnológico”, em Lisboa, no mesmo ano, foi realizada com a adoção de novas tecnologias, mais eficazes, relaciona a diversidade do substrato geológico do território com as respectivas idades geocronológicas.
   “Há quem pense que a geologia é monótona, mas no nosso país é extremamente complexa e há muita diversidade, porque é uma daquelas zonas das periferias dos continentes que têm sido actuadas por diversos ciclos geológicos», explica à Lusa Luísa Duarte, da Unidade de Geologia e Cartografia Geológica do LNEG.”
   O solo continental português apresenta vestígios de períodos remotos da história geológica da Terra, como por exemplo do período Pré-Câmbrico (entre 4,5 milhões e 60 milhões de anos atrás), a existência de provas naturais do ciclo em que se iniciou o movimento da tectónica de placas e se formou a atmosfera e, consequentemente, apareceu a vida na Terra.
   «Vamos agora fazer um estudo com a Empresa Eléctrica da Madeira, para ver se há possibilidade de encontrar energia geotérmica ainda quente, que nos permita trazer um fluido para cima e assim produzir electricidade», contou a especialista.”Telmo Bento dos Santos, membro do LNEG, afirma que nova carta geológica era aguardada já há bastante tempo pela comunidade científica e, além de ser «uma síntese importante da geologia nacional», vai permitir cooperar internacionalmente com projectos como o da OneGeology Europe, cujo objectivo é fazer uma carta da Europa à escala 1/1 000 000.
Este geólogo salientou ainda que este tipo de projetos cartográficos são extremamente importantes, pois «permitem identificar e valorizar economicamente os recursos endógenos; servem de base à prospecção mineira e de recursos energéticos; dão suporte ao ordenamento do território e definem zonas de risco geológico», como regiões sísmicas, vulcânicas, de vertentes ou de queda de arribas «como a que aconteceu no ano passado na praia Maria Luísa».


  • No decorrer das aulas de Geologia, do 12ºF, da escola Secundária de Fafe, foi organizada a realização de vários exercícios relacionados com a topografia; da mesma maneira foram abordados temas como a importância das cartas geológicas inerentes de uma dada região. Daí termos feito referência a esta notícia pois, como percebemos, é essencial conhecer a morfologia de certas áreas, com vista a promover a segurança social. Como tal, a elaboração de uma carta geológica devidamente atualizada, foi um acontecimento científico que merece ser salientado e valorizado.


A nova carta geológica



Fonte de informação: TVI24
Fonte de imagem: bgnaescola.wordpress.com

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Museu Geológico

   O primeiro museu a ser criado em Portugal dedicado à Geologia e integrado nos organismos que a nível nacional têm vindo a cartografar e investigar a infraestrutura geológica portuguesa.
   A história do Museu Geológico está intimamente ligada à da Comissão Geológica, criada em 1857, e dos vários organismos oficiais que lhe sucederam.
   Na altura iniciou-se um período de intensa atividade que conduziu, em 1876 à publicação da primeira Carta Geológica de Portugal na escala 1:500.000, uma das primeiras a nível mundial, reeditada em 1899.
   Esta atividade teve como consequência a colheita de milhares de amostras, que à medida que iam sendo estudadas, classificadas e publicadas, iam sendo incorporadas no maior arquivo estratigráfico e paleontológico até hoje constituído em Portugal. Em 1918 deu-se a reestruturação que deu origem aos "Serviços Geológicos de Portugal", prestigiado organismo que, juntamente com o Serviço de Fomento Mineiro e a Direcção Geral de Geologia e Minas passaram a constituir, nos anos noventa, o Instituto Geológico e Mineiro. 
   Em 2003, dá-se nova reestruturação e este Instituto é extinto e passa a fazer parte do INETInovação.

  • Achamos apropriado publicar as origens da primeira carta geológica portuguesa, visto que o nosso último post era sobre cartas geológicas.
  • Achamos também interessante partilhar que Portugal tenha sido dos primeiros paises em todo o mundo a ter um "Serviço Geológico" e atualmente ser o único país na Europa a não possuir um organismo autónomo na área das Geociências. Na nossa opinião é um bocadinho insólito, não é verdade ? :( 
Fonte de informação e imagem: www.algarvivo.com

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Cartografia Geológica



   Uma carta geológica é um documento cientifico e técnico onde se encontram sintetizadas, sobre um fundo topográfico, informações relativas aos materiais rochosos e aos fenómenos geológicos que ocorrem na região que se encontra abrangida pela respectiva carta.
   Em determinadas situações, é necessário recorrer às cartas geológicas, tais como:
- a prospecção e exploração de recursos energéticos, minerais;
- a selecção e caracterização de locais para a implantação de grandes obras de engenharia;
- estudos de caracterização e preservação do ambiente;
- estudos de previsão e de prevenção de fenómenos naturais, como, por exemplo, dinâmica de vertentes, actividade sísmica e vulcânica;
- a compreensão dos padrões de ocupação histórica do território;
- estudos científicos diversos.
A produção em Portugal de mapas com esta informação é abundante (Cartas Geológicas de Portugal, as Cartas Gerais do Continente, as Cartas Hidrogeológicas ou as Cartas Regionais do Continente),e quer os temas quer as escalas a que a diferente cartografia é publicada é reveladora da importância destas matérias no quadro da produção geral de cartografia em Portugal.

Exemplo de uma Carta Geológica

  • Como é possivel verificar através destas cartas geológicas, o nosso país é riquissimo em matérias geológicas. Temos uma das cartas mais interessantes, a nível mundial, no que diz respeito a recursos minerais. É uma pena não aproveitarmos aquilo que a natureza nos oferece.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Ciência Maltratada


Capa do "Dicionário de Geologia"



   Foi lançado o «Dicionário de Geologia» de A. M. Galopim de Carvalho. 
  Trata-se de “uma contribuição para vulgarizar e incrementar a divulgação da Geologia em Portugal, que continua muito maltratada”, afirmou o autor.
  O «Dicionário de Geologia» “é uma obra antiga, que demorou muitos anos a fazer”, referiu o autor. O resultado pode ser lido pelo público em geral pois “a escrita é feita de maneira acessível a qualquer não geólogo”, sublinha.
  Actualmente, a produção de terminologias é, segundo o ex-ministro da ciência, o elemento mais forte porque é nela que se condensa a capacidade de uma comunidade científica de comunicar organizadamente com as outras profissões e com os profissionais da comunicação.
  “Sem dicionários e sem terminologias científicas não há comunicação rigorosa, não há ensino das ciências, não há sequer pensamento científico organizado”, concluiu.


  • Realmente, a Geologia não é uma ciência muito divulgada em Portugal, apesar das suas riquezas e das contribuições que esta ciência poderia trazer para o país. É importante que alguém se dedique a divulgar esta ciência e que contribua para o desenvolvimento da mesma.
Fontes: http://www.cienciahoje.pt/ e http://www.engeoweb.blogspot.com/

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O inicio do fim do Oceano Atlântico

   Um geólogo português, Fernando Marques, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, está a liderar um estudo que prevê que daqui por 50 a 100 milhões de anos, o oceano atlântico deverá desaparecer.
   Se olharmos para a posição dos continentes não parece sugerir nada que se assemelhe ao desaparecimento dessa massa de água salgada. A novidade do estudo consiste na análise matemática de dados sobre a espessura da placa em várias regiões do Atlântico, tanto do norte como do sul.
   Os resultados sugerem que a região mais provável para o início do surgimento de uma zona de subducção é o Sudeste do Brasil. Segundo os investigadores, “existem sinais de que já aconteceu, mas faltam medidas, e tem alguns dados que poderiam ser interpretados como início de afundamento”.
   Entretanto, o estudo já foi submetido a um periódico científico de alto impacto.
   Com a abertura crescente do Atlântico, a placa Sul-Americana terá uma tendência para ficar mais esticada, mais fria e, por consequência, mais pesada. Ao peso, acresce o fluxo de material que vem do continente e é levado pelos rios até o mar.
   A fragilização da placa somada ao peso adicional fará com que ela afunde e comece a deslizar por baixo da placa Africana. E assim, aparece uma nova zona de subducção.









  • É fantástico ver um dos nossos cientistas liderar um estudo internacional, e a fazer progressos na Geologia, no entanto é triste ver que é preciso que os nossos "cérebros" fujam para o estrangeiro para começaram ou darem continuidade às suas carreiras.
  • Daqui a 50 ou 100 milhões de anos, o nosso planeta estará com uma fisionomia completamente diferente da atual, mas também já foi diferente no passado, como todos sabemos.
Fonte de informação e imagem: www.ciênciahoje.pt