Foi, então, pela primeira vez, em 2010, publicada uma carta geológica que descreve, à mesma escala, o substrato geológico (camada do solo imediatamente abaixo da camada visível; subsolo) do território continental, das ilhas e de parte da região imersa no oceano português, pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG)
A carta construída à escala de 1/1 000 000, apresentada na feira “Portugal Tecnológico”, em Lisboa, no mesmo ano, foi realizada com a adoção de novas tecnologias, mais eficazes, relaciona a diversidade do substrato geológico do território com as respectivas idades geocronológicas.
“Há quem pense que a geologia é monótona, mas no nosso país é extremamente complexa e há muita diversidade, porque é uma daquelas zonas das periferias dos continentes que têm sido actuadas por diversos ciclos geológicos», explica à Lusa Luísa Duarte, da Unidade de Geologia e Cartografia Geológica do LNEG.”
O solo continental português apresenta vestígios de períodos remotos da história geológica da Terra, como por exemplo do período Pré-Câmbrico (entre 4,5 milhões e 60 milhões de anos atrás), a existência de provas naturais do ciclo em que se iniciou o movimento da tectónica de placas e se formou a atmosfera e, consequentemente, apareceu a vida na Terra.
«Vamos agora fazer um estudo com a Empresa Eléctrica da Madeira, para ver se há possibilidade de encontrar energia geotérmica ainda quente, que nos permita trazer um fluido para cima e assim produzir electricidade», contou a especialista.”Telmo Bento dos Santos, membro do LNEG, afirma que nova carta geológica era aguardada já há bastante tempo pela comunidade científica e, além de ser «uma síntese importante da geologia nacional», vai permitir cooperar internacionalmente com projectos como o da OneGeology Europe, cujo objectivo é fazer uma carta da Europa à escala 1/1 000 000.
Este geólogo salientou ainda que este tipo de projetos cartográficos são extremamente importantes, pois «permitem identificar e valorizar economicamente os recursos endógenos; servem de base à prospecção mineira e de recursos energéticos; dão suporte ao ordenamento do território e definem zonas de risco geológico», como regiões sísmicas, vulcânicas, de vertentes ou de queda de arribas «como a que aconteceu no ano passado na praia Maria Luísa».
- No decorrer das aulas de Geologia, do 12ºF, da escola Secundária de Fafe, foi organizada a realização de vários exercícios relacionados com a topografia; da mesma maneira foram abordados temas como a importância das cartas geológicas inerentes de uma dada região. Daí termos feito referência a esta notícia pois, como percebemos, é essencial conhecer a morfologia de certas áreas, com vista a promover a segurança social. Como tal, a elaboração de uma carta geológica devidamente atualizada, foi um acontecimento científico que merece ser salientado e valorizado.
A nova carta geológica |
Fonte de informação: TVI24
Fonte de imagem: bgnaescola.wordpress.com
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